O que aprender com Michael Phelps

Não sou atleta. Nunca fui e, claramente, nunca serei. Não sei o que implica uma vida dedicada ao treino e à competição numa modalidade desportiva. Não faço ideia dos impactos pessoais e sociais que uma dedicação tão profunda pode trazer – se bem que no caso de Phelps sejam conhecidos alguns dos problemas que acabou por manifestar, ainda que desconheça se resultaram do treino e da competição.

O que sim sei é que por mais bafejado pela genética e pelo contexto (as condições de treino nos EUA são seguramente muito diferentes das que teria em Moçambique ou no Paraguai), só um profundo comprometimento com a superação permanente, só uma total obsessão pela conquista de novos feitos permite a alguém estar em 5 Olimpíadas (em 2000, tão apenas com 15 anos, arrancou um 5º lugar), arrecadar 28 medalhas (23 delas de ouro) e tornar-se nada mais nada menos que o maior atleta olímpico de todos os tempos. É obra!

É evidente que o Michael Phelps é um super outlier e, portanto, talvez pouco possamos aprender com o seu exemplo. Dito de outra forma: mesmo que mimetizássemos tudo, era praticamente impossível alguém se aproximar destes números. Ainda assim, foquemo-nos não nos resultados mas no processo.

O que seria de cada um de nós se, na nossa própria pista de natação, no nosso campeonato seja ele qual for, tivéssemos a dedicação, o foco e o compromisso do Phelps? Quanto a si não sei mas, deste lado, se acordasse todos os dias com aquela disciplina e com aquele foco na próxima medalha, estou certo que poderia avançar ainda mais e mais depressa.

É isso que retiro do exemplo do Michael Phelps e, também por isso, estou hoje a trabalhar, sendo Domingo e véspera de feriado. É claro que o faria na mesma, com ou sem o Michael Phelps – faço-o há anos – mas, saber que há um ser humano que todos os dias, chova, neve ou faça um calor tórrido, se atira para a água para aprimorar aquilo em que já é o melhor do mundo, só me inspira a fazer também um pouco melhor.

Bons treinos!

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