Fantasporto: A história de uma referência cultural

No ano em que a Cinema Novo, a organizadora do Fantasporto, faz 40 anos, estive à conversa com o Mário Dorminsky, um dos seus co-fundadores e um conhecido cinéfilo.

Eu, que não sou um cinéfilo, aproveitei para me educar um pouco sobre cinema, tentando destilar as práticas do Mário no que toca a apreciar cinema diz respeito. É inspirador ver alguém realmente apaixonado por uma expressão artística, à qual tem dedicado uma parte importante da sua vida.

Falámos de cinema e falámos, claro está, do Fantasporto, um festival de cinema fantástico, quase na sua 39º edição, e que se converteu numa marca referência mundial nesta categoria e numa marca da cidade do Porto. O Mário Dorminksy, com uma transparência desarmante, não só abordou a génese e o crescimento do cinema, como falou das dificuldades dos últimos anos. Vale a pena ouvi-lo! Aviso, porém, que nem toda a gente gostará de ouvir algumas das críticas que o Mário faz…

Por falar em críticas, não poderíamos deixar de abordar as críticas de que ele próprio foi alvo, críticas duras, há alguns anos. E, de novo, o Mário Dorminsky falou, e falou abertamente.

Ao longo de uma conversa longa – poderia facilmente estar uma tarde inteira a conversar com o Mário – deu para conhecer bem melhor a pessoa por detrás do empreendedor cultural, conhecer as suas ideias sobre cultura e, em particular sobre o cinema, perceber o que o satisfaz e o que o magoa, entender os desafios, nomeadamente financeiros, do Fantasporto, compreender como é que o consumo do cinema está a mudar, desde logo fruto das inovações que têm surgido com os canais cabo e da Internet, falámos de subsídios – talvez se surpreenda com o que disse – falámos da sua passagem pela política e dos custos que isso teve, falámos da sua multitude de papéis ao longo da vida… falámos sobre muitas coisas.

Convido-o agora a ver ou ouvir esta conversa e conhecer alguém com muito a partilhar.

 

Momentos marcantes:

01:01 – “A primeira vez que fui ao cinema…”
02:38 – O nascimento de um cinéfilo ecléctico
07:42 – O prazer pelo Teatro
08:55 – A dimensão mais conhecida, não a única
10:55 – Cinefilia 101
11:58 – De autor a comercial: o ideal é um pouco de tudo
12:38 – A mudança do paradigma audiovisual
17:17 – O fim da vertente social do cinema
20:31 – Há uma maneira correcta de ver cinema?
21:31 – As salas de cinema nas cidades
24:28 – Qual é a sua abordagem ao ver um filme?
25:13 – “Há uma linha…”
26:48 – Portugal é um país manifestamente inculto
31:31 – Para onde vão os apoios?
33:28 – O provincianismo cultural
34:04 – Por detrás dos subsídios
34:15 – Quem não está em Lisboa
35:00 – O papel do Ministério da Cultura
39:09 – Cinema Novo
45:37 – A génese do Fantasporto
51:33 – Vantagens e desvantagens da Era Digital
52:00 – Os apoios do Estado
01:21:18 – Os frutos da política
01:25:45 – O passo em falso da Comunicação Social
01:42:58 – Do que é feito o Empreendedorismo

 

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Links úteis:

Fantasporto . http://www.fantasporto.com/

Mário Dorminsky no LinkedIn . https://www.linkedin.com/in/dorminsky

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